Fazer uma parceria na música hoje em dia vai além de uma simples atitude amigável ou de companheirismo, é mercado, é venda, é comércio, desperta o interesse do público quando há dois nomes dividindo um vocal de uma canção qualquer. DJ Khaled levou isso a um outro nível, juntou a nata da música negra a nível mundial, e colocou todos para trabalharem em seu novo disco, Grateful, mostrando assim que tem culhões, que é invejável e ainda, o “novo” nome mais poderoso da música.
Afinal, para qualquer outra pessoa, juntar nomes como Beyoncé, Rihanna, Jay Z, Drake, Alicia Keys, Nicki Minaj, entre outros, em uma mesma tracklist é dificílimo, mais difícil ainda colocar todos pra realmente trabalhar nas canções, escrevendo-as.
DJ Khaled vai além e faz com que cada artista trabalhe em sua órbita, em seu estilo e em seu ritmo. Todos parecem experimentar uma ou outra nova faceta, em novos arranjos, novas ideias. Ou seja, por mais que outros nomes tomem conta de todo seu disco, o DJ e produtor ainda consegue fazer com que seu disco seja pessoal – a começar por essa capa fofíssima, estrelada por seu filho, Asahd, que por sinal “assina” a última faixa.

Grateful é um disco além de – demasiadamente – pessoal, é pretensioso ao máximo! Foi idealizado e construído pra ser um sucesso comercial em todos os âmbitos e seu autor sabe bem, é capaz disso. A começar pelas escolhas dos singles, de Shining sua parceria com Beyoncé e Jay Z, que foi lançada logo após a famigerada edição do Grammy de 2017 – passando por I’m The One – onde Justin Bieber, Quavo, Lil’ Wayne e Chance The Rapper dividem os vocais e que por sinal figura no top 10 do Hot 100 da Billboard – To The Max com o Drake e o recém divulgado e atual single, Wild Thoughts com Rihanna e Bryson Tiller, que provavelmente virá a se tornar um grande hit.
É cansativo em suas mais de 20 longas faixas, mas por vezes é agradável de se ouvir sendo bem variado em suas diversas passagens e inúmeras participações, vale a pena separar um tempo pra ouvi-lo.
Em suma, Grateful é grandioso, caprichado, exagerado e muito, mas muito comercial, podemos estar diante de um sucesso sem precedentes ou apenas mais um disco de 2017 a passar despercebido, é esperar pra ver.
“Another One!”
Ouça: